Depois de longa ausência devido ao "1o Seminário Internacional - Urbanização Dispersa e Novas Formas de Tecido Urbano", do qual fiz parte da Comissão Executiva, e de uma viagem para aquele que continua lindo, Rio de Janeiro, estou de volta.
Bom, em parte, porque já temos feriado e coisa assim.
Mas aqui ficam minhas impressões sobre o meio musical atual, ou melhor, sobre o que eu ando ouvindo ultimamente:
1) The Flower Kings - Paradox Hotel
2006

Pra início de conversa, é a melhor capa de disco dos caras. Em geral, rola uma lenda que, em se tratando de disco de Rock Progressivo, quanto pior a capa, melhor o álbum.
Mas esse disco contraria o que se poderia esperar do disco. É um disco muito bom mesmo. Duplo, é bem atual, vibrante e mostra porque os caras são considerados o "novo Yes".
Inclusive, meu velho que curte muito Yes, caiu na pegadinha quando eu pus no som "Minor Giant Steps" (Música 1 do Cd 2) e falei pra ele "Pai, ó só, é o disco novo do Yes".
É a banda do Roine Stolt (eu postei sobre o Transatlantic, outro projeto que o Stolt faz parte). Eles são da Suécia.
Mas tem um porém. O disco talvez não devesse ser duplo. Tem muita coisa boa ali, mas acho que era material pra um álbum simples de peso. Algumas coisas, mais enxutas, ficariam melhor na minha opinião. Mas ainda assim, é um clássico instantâneo.
2) Akinetón Retard - Akinetón ao Vivo
2004

Banda de nossos "hermanos" chilenos, formada na Faculdade de Artes no Chile. É um som bacana quando se pega o jeito dele. Pra maioria das pessoas, pode parecer estranho, pois a banda tem dois saxofonistas, que tocam o tempo todo. Acho que já deu pra imaginar. Se não, é só entrar no site. Logo que você entra, rola uma das músicas.
No dia em que peguei o cd, comecei a ouvir meio incomodado com o som. O cd é duplo e, assim que terminou o primeiro, já ouvi o segundo. Mas confesso: durante grande parte do primeiro cd, eu fiquei com o controle na mão, dedo em cima do botão stop. Incrível como me causou uma "estranheza estranha", em que eu NÃO CONSEGUIA DESLIGAR O SOM...
É meio jazz, tem aquele cheiro de improviso mesmo quando a música é aquilo lá mesmo. É tudo o que o Karnak seria se o Abujamra não fosse tão convencido e deixasse os músicos fazerem uma ou duas músicas um pouco mais sérias pra variar (só pra constar, adoro o Karnak).
Curiosidade: tem umas faixas que foram gravadas no Rio.
3) Echolyn - Mei
2002

O que dizer de Mei? Difícil...
Olha, pra começar, o disco novo do Echolyn nem é o Mei. É o "The End is Beautiful", que é animal de bom também.
Acontece que Mei eu conheci só agora.
Acontece que Mei é uma obra prima.
Acontece que Mei já está na lista de clássicos do Rock Progressivo.
Panorâma: Como tudo o que o Echolyn faz, é muito bem composto e executado. Tem coisas ali que são f*d@ mesmo! Mas é um som leve, que podia estar tocando em algum bom restaurante, numa conversa amistosa, sei lá. É agradável pro público geral. Caraca, podia até tocar no rádio!!!
Mas é uma composição progressiva mesmo. O disco tem uma música só, de 49:33 minutos (!!!), que muda tanto que não parece a mesma em alguns momentos.
Os caras tem dois vocalistas que se alternam durante a música e que tem um tom de voz tão bacana que no começo eu achava que era um cara só. Uma das vozes é mais harmoniosa, macia. A outra é agressiva, pungente. Lindo.
Para se ter idéia, outro dia o amigo que me apresentou ao Echolyn, levou o DVD da turnê do Mei. Sentamos para assistí-la ao vivo às 23:20. 24:10, nas notas finais, eu me dei conta de que tinha passado 50:00 minutos ouvindo a mesma música, no final de um dia exaustivo e, simplesmente, NÃO TINHA PERCEBIDO!!!
Olha, sério mesmo, até pra quem gosta de mpb e odeia qualquer tipo de guitarra, acho que o Echolyn deve ser conferido em algum momento.
E por hoje é isso!
Talvez daqui a pouco eu fale sobre o CD Baby, uma loja de cds da internet que esse mesmo amigo me indicou e que tem um conceito bem bacana.
Senão, fica meu desejo de feliz coelhos pra vocês.
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