Beleza, é meio redundante dizer isso.
Mas é que, por trás de um enredo empolgante, cheio de personagens distintos e heterogêneos, Jonathan Coe decide analisar três décadas. E ele podia ter decidido escrever um texto jornalístico "analisando" o período, ter feito uma pesquisa histórica nos moldes acadêmicos etc.
Estou no primeiro volume, emprestado pelo meu afilhado. É a década de 70. Muito bacana, surpreendente e bem escrito. Ele alterna entre as formas narrativas de acordo com a necessidade da história. Ora é em terceira pessoa, mas do ponto de vista de um personagem "semi-onisciente", porque a personagem não conhece toda a história. Ora é em primeira pessoa, pois se trata de um conto escrito por um personagem nesse estilo.
Variando dessa forma, estabelece um grande número de tramas auxiliares que, estando de certa forma conectadas, acabam por estabelecer um quadro da vida na década de 70 na Inglaterra.
Muito interessante mesmo. Tanto pelo enredo como pela forma. Pelo menos pra mim, que não estudo letras.
Tem um blog por aí que postou o segundo capítulo.
Mas acho que só por aí não dá pra ter idéia da dimensão do livro.
Enfim, é isso.
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